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'Nenhuma lição aprendida pelo poder público', diz procurador após cinco anos da tragédia de Mariana.

Vista aérea de Bento Rodrigues, no interior de Minas Gerais, no dia seguinte ao rompimento de barragens de rejeitos da mineradora Samarco — Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O desastre ambiental ocorrido em 5 de novembro de 2015 é o maior da história do Brasil e deixou 19 mortos, além de danos à natureza. Veja fotos do distrito de Bento Rodrigues, que foi devastado pelo rompimento. A barragem de Fundão pertence à mineradora Samarco – cujas controladoras são a Vale e a BHP.

O procurador afirmou que a legislação atual protege o empreendedor e que há “uma grande decepção” quando o assunto é segurança em barragem. “A legislação que possibilitou a ocorrência da tragédia não foi modificada, ela é uma legislação lacunosa, falha, que dá poderes demais ao empreendedor. Ao mesmo tempo, o sistema de fiscalização continua sucateado, houve uma mudança do DNPM [Departamento Nacional de Produção Mineral ], que é o órgão que fiscaliza essas barragens do ponto de vista do governo federal. O departamento foi transformado em agência, mas a estrutura continua a mesma”, criticou.

Em janeiro de 2016, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, sancionou uma lei que flexibiliza o licenciamento ambiental no estado, tirando a independência do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).


“Até te diria que se o governo tivesse aplicado o dinheiro que já existia previsto para o DNPM na estruturação do órgão, o cenário poderia ser outro. Eu digo isso por quê? Porque 95% dos royalties que são destinados ao DNPM foram contingenciados, não foram aplicados. E, hoje, o que nós temos? A mesma situação. O corpo de fiscais continua muito pequeno, é o mesmo que nós tínhamos em novembro de 2015”, disse.


A Semad rebateu a declaração do procurador e afirmou que após o rompimento de Fundão realizou diversas ações tanto para reverter os impactos causados pelo desastre quanto para mudar o processo de legislação (Veja nota completa ao fim da reportagem).


A secretaria citou como atuação do poder público em termos emergenciais “a presença da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, a fim de localizar corpos, preservar vidas e monitorar as estruturas que não haviam se rompido”; a instalação da “Força-Tarefa Barragem do Fundão”, que gerou relatório para um acordo (Termo de Transação e Ajustamento de Conduta – TTAC) com a Samarco, Vale e BHP, Espírito Santo e a União; citou também ações que geraram calção e depósito judicial, além de medidas como elaboração de dam-break e alerta da população.

Imagens do satélite Landsat 8 OLI Pancromática 15m mostrando os perímetros dos imóveis rurais localizados no município de Mariana – MG, em dois momentos: (a) antes do rompimento; (b) após o rompimento contendo a extensão da lama de rejeito e os imóveis rurais afetados pela tragédia.

Fonte: GeO3R – Laboratório de Geotecnologias/UFRRJ, 2019.